RAÍZEN VENDE USINA DE CANA POR R$ 425 MILHÕES PARA DIMINUIR ENDIVIDAMENTO
- Equipe Sergio Schmidt Advocacia
- há 11 minutos
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Gigante do setor sucroalcooleiro busca alívio financeiro com desinvestimento estratégico no interior paulista
Em meio a um cenário econômico turbulento, a Raízen, poderosa joint venture entre Cosan e Shell, anunciou a venda da usina de cana-de-açúcar Leme por R$ 425 milhões. O movimento é parte de uma estratégia URGENTE para reduzir o endividamento da companhia, que já havia anunciado em dezembro passado um pacote de desinvestimentos de R$ 1 bilhão.
O QUE ESTÁ EM JOGO?
A transação envolve a Ferrari Agroindústria S.A e a Agromen Sementes Agrícolas como compradoras, que assumirão não apenas a estrutura industrial localizada no polo de Piracicaba (SP), mas também a cessão de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar.
Pra você ter ideia do tamanho do negócio, a usina Leme possui capacidade instalada para processar 1,8 milhão de toneladas por safra - um ativo significativo no portfólio da empresa.
POR TRÁS DOS NÚMEROS
A Raízen deixou claro em comunicado que a operação está alinhada com sua estratégia tripla:
Reciclagem do portfólio de ativos
Redução do endividamento (o ponto central!)
Captura de eficiência agroindustrial
Mas será que R$ 425 milhões são suficientes para aliviar as contas? Os bancos não parecem muito animados...
O Citibank avalia que a Raízen pode encerrar a safra 2024/25 com uma dívida líquida BRUTAL de aproximadamente R$ 30 bilhões! Isso significa uma alavancagem de 2,4x - número que preocupa especialistas e investidores.
O QUE VEM POR AÍ?
Os analistas sugerem que seria necessário um movimento MUITO MAIS DRÁSTICO para conseguir uma desalavancagem substancial. O Citibank aponta que a venda do Negócio de Mobilidade na Argentina poderia render cerca de US$ 1,5 bilhão - um alívio bem mais significativo para os cofres da empresa.
Além disso, segundo informações do jornal Valor Econômico, a Raízen está colocando à venda ativos não estratégicos da divisão Power. No pacote estão usinas de pequeno porte nas fontes solar, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e biogás.
Vale lembrar que a conclusão da venda da usina Leme ainda está sujeita à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
CONCLUSÃO
É importante observar que as altas taxas de juros do mercado atual não estão impactando somente as médias empresas, mas também as grandes. Quando vemos uma gigante como a Raízen, braço de duas potências como Cosan e Shell, precisando vender ativos para equilibrar as contas, fica claro que a pressão financeira atinge TODOS os níveis do mercado. Nem mesmo os gigantes estão imunes à atual conjuntura econômica!
Fonte da notícia: Jornal Valor Econômico – 13/05/2025
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