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Garantias sem lastro no centro de suspeita de estelionato em caso envolvendo Starbucks Brasil

  • Foto do escritor: Equipe - EmpresaemCrise.com
    Equipe - EmpresaemCrise.com
  • 29 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de fev.

Polícia

O universo de empresas em crise econômica novamente destaca a prática controversa do oferecimento de garantias sem lastro em operações financeiras. Em um caso que chamou atenção do mercado, a Polícia Civil de São Paulo indiciou os empresários Kenneth Steven Pope e Fabio David Rohr, ex-controladores da Starbucks Brasil por meio da SouthRock, por suspeita de estelionato. A denúncia partiu de uma notícia-crime apresentada pela gestora Ibiúna e pela securitizadora Travessia.


De acordo com as investigações, a SouthRock teria oferecido como garantia fiduciária em uma operação de R$ 75 milhões direitos creditórios de vendas de lojas da Starbucks. Contudo, esses mesmos direitos já haviam sido vinculados a outras operações financeiras, incluindo uma realizada com a securitizadora Virgo, envolvendo receitas de 70 unidades da rede de cafés.


A situação agravou-se em outubro de 2022, quando a SouthRock interrompeu o pagamento do empréstimo. Para complicar, a empresa alterou a credenciadora de pagamentos de GetNet para Cielo, inviabilizando a execução do contrato por parte da Ibiúna e da Travessia. A SouthRock entrou com pedido de recuperação judicial pouco tempo depois, o que intensificou as disputas legais.


As investigações também apontam que a SouthRock teria ocultado informações financeiras e utilizado demonstrativos contábeis adulterados para atrair investimentos.


O caso sublinha os desafios enfrentados por credores em transações com empresas em dificuldades financeiras, especialmente em situações envolvendo garantias duplicadas ou sem lastro. A prática, apesar de ilegal, é uma realidade recorrente e coloca em xeque a boa-fé nas relações empresariais.


A SouthRock, em nota oficial, negou as acusações e destacou que o processo corre sob sigilo de Justiça. A empresa afirmou que os fatos serão esclarecidos no curso das investigações, confiando no arquivamento das acusações.


O inquérito segue agora para o Ministério Público, que avaliará a apresentação de denúncia contra os empresários. O caso levanta um alerta importante sobre a necessidade de maior diligência nas operações financeiras, reforçando a atenção para práticas de due diligence no mercado de crédito e securitização.


Fonte da notícia: Blog Capital - Jornal O Globo

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