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Ponta Grossa/PR: Grupo Forest entra em Recuperação Judicial - Dívida ultrapassa R$ 150 milhões

  • Foto do escritor: Equipe Sergio Schmidt Advocacia
    Equipe Sergio Schmidt Advocacia
  • 13 de out.
  • 2 min de leitura

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O Grupo Forest, um conglomerado de empresas com atuação destacada no setor de papel e celulose, protocolou um pedido de recuperação judicial informando dívida superior a R$ 151milhões. A medida busca a reorganização financeira do grupo para superar a crise econômico-financeira e manter a continuidade de suas operações. As atividades do grupo abrangem desde a compra e venda de sucata e aparas de papel até a reciclagem de embalagens longa vida, sendo uma referência no setor.


As empresas que integram o polo ativo do processo são:


  • Forest Paper Indústria e Comércio de Papel S/A


  • Forest Paper Indústria e Comércio de Papel Mairiporã Ltda.


  • Forest Paper Indústria e Comércio de Papéis Espírito Santo Ltda.


  • Forest Paper Indústria e Comércio de Papéis Lages Ltda.


  • Greenpar Participações S/A


  • Onze Indústria e Comércio de Celulose e Artefatos de Papel S/A



Os Fatores da Crise

De acordo com a petição inicial, diversos fatores, tanto internos quanto externos, contribuíram para a crise do Grupo Forest. A implementação de um novo sistema de gestão empresarial, que se estendeu por mais de um ano, gerou instabilidades operacionais e dificuldades na obtenção de dados seguros sobre estoque e projeções. Além disso, a empresa realizou investimentos em um momento de forte volatilidade pós-pandemia, com aumento de custos logísticos, escassez de matérias-primas e elevação das taxas de juros, o que pressionou o fluxo de caixa. Um memorando de entendimentos firmado com o Grupo Global Papéis em agosto de 2024, que visava a utilização da capacidade produtiva de outras plantas industriais, tornou-se financeiramente insustentável diante das restrições de caixa já existentes, agravando o cenário.



O Endividamento

O valor total da dívida sujeita à recuperação judicial é de R$ 151.654.452,67. Dentre os principais credores, destaca-se a Klabin S.A, com múltiplos créditos que somam valores expressivos, classificados como garantia real. O Banco Sofisa S.A. também figura como credor relevante na classe de garantia real.


Além dos valores sujeitos ao processo de recuperação, o grupo também possui um passivo extraconcursal, que inclui impostos devidos ao Ministério da Fazenda, totalizando R$ 1.837.995,86.


O pedido de recuperação judicial tramita sob o número 0026395-77.2025.8.16.0019 na 1ª Vara Cível de Ponta Grossa/PR. O juízo deferiu o processamento da recuperação judicial e nomeou como administradora judicial a empresa Sgrott Administradora Judicial e Consultoria Empresarial.


Com o deferimento do processamento, o Grupo Forest terá um prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial, que será submetido à aprovação dos credores. A reestruturação da empresa é fundamental para a manutenção de 317 empregos diretos, além de toda a cadeia produtiva que depende de suas atividades.


Para conhecer a lista completa de credores informada pelo grupo empresarial, acesse o arquivo a seguir:


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